segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Quebra da idealização perfeita

Já sonhei com contos de fadas
quis que meu príncipe chegasse em um cavalo branco
No auge da ingenuidade me perdi
Descobri que não existe isso tudo
Descobri que meninos podem ser muito maus
Descobri que meninas podem ser piores ainda
Na perdição entendi que não existe essa idealização perfeita
Descobri que eu poderia ser uma das meninas más
Eu quis ter todos pra mim
Quis ser amada só naquele momento
e depois seguir minha vida sem me preocupar.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Goles

Tomei uns goles de solidão
me juntei a mendigos no chão
Quis me perder por aí
sem rumo pra voltar

Tomei goles de saudade
quis ter você aqui
Tomei umas cervejas
pra esquecer essa tristeza
E o que encontrei foi mais cerveja

Tive medo de não conseguir
engoli o choro e segui
Juntei as lagrimas e fiz um mar
pra te levar.

Os goles de saudade já não desciam bem
O choro já não vinha mais
A solidão não me quis mais
Então dancei sozinha
num passo calmo e acanhado
Ri sozinha












Não sou mercadoria

 Hoje acordei e tava um calor dos infernos, levantei, tomei um banho gelado, e vesti uma roupa fresquinha de verão, e sai para ir comprar pão na padaria, no caminho uns moços sem educação alguma, assobiaram, fizeram brincadeiras de baixo calão, fiquei chateada, será que era minha roupa? Voltei para casa totalmente chateada, tomei meu café. Mais tarde me arrumei para ir trabalhar,  fui até a parada do meu ônibus, enquanto esperava, aconteceu de novo, homens em carros/caminhões/ motos, mexeram comigo, gritaram ''gostosa'', ''linda'', ''Ô lá em casa, hein!'' entre outras coisas nas quais prefiro não citar, naquele momento me sentir pior do que já estava, é como se eu fosse um produto a venda, como se eu fosse algum objeto em uma exposição, esperando agradar meus compradores, me senti nojenta, quis voltar para casa e não ir trabalhar naquele dia, mas não podia me dar ao luxo, então me mantive, peguei meu ônibus e segui. Passei o dia refletindo no ocorrido, não era a primeira vez, e o pior de tudo, não ia ser a ultima, eu queria me esconder, me cobrir, sei lá, fingir que eu não existia, mas pensei ''Não vou deixar de usar as roupas que eu gosto, muito menos passar calor, porque os queridos não sabem se comportarem diante uma mulher, seja ela do lado deles, ou do outro lado da rua''. E não, não sou do padrão ''gostosa'', e mesmo que eu fosse, não dá o direito de homem nenhum, dar opinião sobre meu corpo ou sobre minhas roupas, eu não perguntei nada, não me interessa, não mesmo.

Papo louco

  Sentada no canto da sacada, observando quem passa, imaginando a vida de cada pessoa, que meus olhos conseguem captar em segundos, tudo tão rápido, crio contos, enquanto meu café esfria em cima de um banco qualquer. Nesses contos crio uma vida feliz, sem conturbações, mal sabem elas que se não fosse essa pressa o tempo poderia correr mais devagar. Elas não querem perder tempo, mas mal sabem que nem o aproveitam. A ganancia de ter dinheiro por uma vida ''melhor'' faz com que esqueçamos que as vezes simples momentos, seja com quem amamos, seja num momento sozinho (a), vale muito mais do que se escabelar trabalhando em um lugar no qual odeia, para satisfazer um desejo consumista desnecessário, para no fim adquiri-lo e não usa-lo depois de uma semana. Queria dizer isso tudo a elas, mas elas não tem nem tempo de dar ''Bom dia'', quem dirá ouvir uma estranha, como um papo louco de '' quem encurta o tempo são vocês''

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

O choro

 Odeio chorar, mesmo que seja por felicidade, me remete a tristeza, sempre relacionei ao lado ruim. Nunca chorei apenas por um motivo, ao longo que as lágrimas escorrem, outros motivos surgem, até pode começar por felicidade, mas sempre termina com uma ponta de angustia no final. Evito o choro por não gostar da sensação, por não gostar do que ele me remete, por me sentir inferior a qualquer coisa no mundo. O choro pra mim é uma merda.

Estupido sentimentalismo

Na euforia do momento
confundiu-se todos os sentimentos
era tudo tão intenso
a paixão , o sofrimento
por curtos instantes cogitei que fosse amor
Não houve sacrifícios
Então me dei conta
Não era e nunca foi
era apenas um estupido sentimentalismo

terça-feira, 29 de julho de 2014

Mundo pós sufoco

Antes eu tinha medo, ficava ansiosa o tempo todo, raros momentos de felicidade , muitos passavam as vezes despercebidos, era tudo tão sufocante, mas eu estava tão sufocada com tudo que não sentia mais, era uma região de conforto, quando saí dessa área, e me deparei no ''mundo pós sufoco'', me metralhei de perguntas nas quais ainda procuro respostas, só sei que foi uma das sensações mais libertadoras que podia sentir até agora. Não, nunca estive cega, pelo contrário, sempre vi  as coisas além do meu alcance, de fato eu queria não sentir mais nada, mas há dias que sinto nojo, outros desprezo, pena, raiva, ok, confesso que as vezes não sinto nada, é tudo tão estranho, porque consigo sentir tudo, menos o amor, a paixão que eu achava que mesmo depois de tudo permaneceria por um tempo comigo, apesar do alivio, é um tanto assustador, me faz pensar que foi uma ilusão, que na verdade não existiu amor, talvez nem paixão, é, ou vai ver eu só to seguindo em frente, superando melhor do que imaginava ser possível.

domingo, 27 de julho de 2014


Situações passadas e desastrosas
Aquele rosto
Aquelas conversas
Aquela sensação de novo
Era pra ficar no passado
Mas sempre vinha como um fantasma me atormentar
seria insanidade? (bem, acho que não)

O egoismo prevaleceu
Procuro respostas até hoje
Como isso poderia ser um elogio?

A compreenção em excesso falhou
Quando precisei de uma chance
A liberdade gritou (mas ela tava o tempo todo lá)
Bastou um ''não'' para tudo desmoronar
Não sei onde foi que me perdi
quem sabe, seja melhor não falar mais sobre isso

Seu barco sempre esteve pronto (eu que não quis ver)
a tão almejada, lá te espera, agora finalmente pode partir
sei que o vento vai te levar para bem longe
onde possa gritar até sua garganta sangrar
sem que eu possa se que ouvir algum som

sexta-feira, 13 de junho de 2014

O grito da liberdade


Aquele rosto
aquelas conversas
situações passadas e desastrosas
aquela sensação de novo
Era para ficar no passado
mas sempre vinha me atormentar
seria eu mesma? (acho que não)

O egoismo passou dos limites
e destruiu tudo
Procuro respostas até hoje
de como isso poderia ser um elogio

Ser compreensiva demais sempre da errado
quando precisei de uma chance
A liberdade resolveu gritar (mas ela estava o tempo todo lá)
Bastou um ''não'' para tudo desmoronar
Não sei aonde foi que me perdi
talvez não devêssemos mais falar sobre isso
ou talvez já fosse tarde demais

Seu barco já estava pronto para você partir
podendo assim embarcar na jornada da liberdade
Espero que o vento te leve para bem longe
onde consiga gritar até estourar suas cordas vocais
sem que se quiser eu possa ouvir








sábado, 31 de maio de 2014

Desgraça

Escolhi embarcar mesmo sabendo a dor que podia enfrentar
acreditei que podia-se mudar
aceitei as imperfeições cotidianas
aceitei da forma mais pura os defeitos
que em ti encontrei.

Talvez acreditar e aceitar tanto
tenha sido o erro
No final não fui acreditada
fui desrespeitada
fiquei ali num canto
apenas lembrando de toda a desgraça







segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Barba

Uns reclamam que pinica
outros, que incomodam
E eu apenas tenho vontade de
mergulhar nos pelos fofos do teu rosto
e morar por ali até o dia amanhecer.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Bizarrices melancólicas

    O não conseguir escrever sobre sentimentos bonitos e felizes me perturba um pouco, será que virei refém de um drama melancólico? Não é como se eu não ficasse feliz, como se não sentisse as coisas, talvez tenha aprendido a guardar tudo pra mim, que não sei de que forma demonstrar isso aos demais, aos quais adoraria compartilhar certas coisas bonitas. Vai ver não sou daquelas que saibam escrever, talvez precise da ajuda de músicas e poemas de outros, e mesmo assim é tão difícil mostrar, até parece que são obras minhas. Ao tentar escrever algo de minha autoria, tento fechar os olhos e abrir a mente e o coração para ver o que sai, mas no fim as coisas bonitas tornam-se: paranoias, medos, frustrações que ofuscam qualquer beleza de um sentimento puro. Tento pensar nisso tudo como uma qualidade, ser restrito às vezes é bom, é adequado, mas quem quer ser adequado quando algo bom lhe acontece, o legal é extravasar, por tudo pra fora, no meu caso, faria um drama melancólico, com criaturas de outro plano, é minha bizarrice as vezes pode assustar.

Monstro da madrugada

Escrever coisas dengosas não é meu forte
Escrever sobre amor também não
Sem querer tento fugir de um clichê

Prendo-me em melancólicas e tristezas do meu ser
É como se um monstro enorme gritasse mais alto
Que as baboseiras dengosas de amor.

Ao chegar à madrugada ele desperta
E tenta berrar o máximo que consegue
Fazendo do meu corpo refém de
Sensações estranhas.

Palavras surgem de onde menos suspeito
Formam-se estrofes sem meu próprio consentimento 
Sem entender ao certo o tal sentimento expresso 
apenas reviso, curiosa
Procurando entender a fonte oculta do meu ser

O demônio colorido

Se expressar tornou-se algo proibido
Minha mente assimilou isso
E de pressa virou uma regra

Soa tão bizarro sair dos meus lábios
Palavras meigas e carinhosas
Confuso entender que possa
Haver um jeito de libertar
este lado sensível não compreendido

Não era algo comum
Será que algum demônio
colorido invadiu meu corpo?
E está fazendo estripulias aqui dentro?

A sensibilidade anda chegando
sem a tpm
A forma de expressar 
qualquer especie de sentimento 
também.
Sera o fim dos tempos?
ou será uma nova era?

A confusão permanece 
convicta, sem prazo de validade
mas junto a ela veio a felicidade
para apimentar mais ainda este tornado
de incertezas bizarras