A bonequinha de porcelana
Conseguiu anos sem se quebrar
Foi tão protegida que nenhum arranhão
Chegou a ficar.
Com o tempo foi ficando rígida
Criando até outras formas
um tanto bizarras por sinal
passou mal em meio ao vendaval
mas levantou-se mais forte que antes
Seus cabelos enrolados e dourados
Haviam mudado de cor e tamanho
Sua meiguice e
timidez se perderam
Em meio a confusão.
Os olhos inocentes haviam
se escondido em algum
lugar
Agora um olhar atento e peculiar
Exótico para quem quisesse examinar
Mesmo com toda rigidez
que conseguirá ao longo do tempo
Também possuía seus pontos de fraquezas
os anos foram de mansinho dando o ar da graça
A melancolia encontrou um lar
Pousou em seu ombro fingindo consolar
Mas foi apenas um soco forte no estomago
Foi então que a solidão bateu na porta
Nem pediu para entrar
Apenas invadiu sem ao menos
Se importar a quem iria machucar