segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Só que não

Disposição para começar o dia, só que não
Um pedaço de pão com requeijão nas mãos
Com um copo de café, sem ao menos um pingo de fé
Tudo há de dar certo, mas né..

Ironia e pessimismo tomam conta de sí
Assim tão rapidamente como tomar seu café
do intervalo, corrido, mal engolido.

O sorriso já amarelo, não do café
Sim aquele sem graça, que pede uns tapas no pé.

A empolgação no fim do dia, cheia de alegria
Espanta a irritação, só que não.
Não há empolgação, é apenas um teatro
onde tudo sai como o ensaiado.
Tais com improvisos, que salvam a peça
Eba, agora todos de pé!

Perigosa felicidade

As vezes atingimos um grau de felicidade tão grande, empurrada pela empolgação, por motivos tão simples, banais, mas que no momento chegam a significar muito. Quando a euforia passa, chegamos a pensar no quão idiotas parecemos diante a tais situações, mas basta um piscar de olhos que outra noticia, ou atitude tomada, esperada, seja lá o que for, estamos nós bobos de felicidade outra vez. Mas isso também não deixa de ser um tanto perigoso, pode acabar trazendo fortes ilusões e grandes decepções.

Sei lá.

Minha vida é tão monótona que chega a dar preguiça só de pensar em contar como ela é. Tudo bem que eu não gosto de fazer muitas coisas, e que eu amo não fazer nada, e dormir mais do que deveria, mas sinto que ela está mais chata, quero dizer mais do que deveria, talvez mais do que o padrão de chatice permite. Termina o dia e eu penso ''Poxa, não fiz nada que preste!'' isso é tão desmotivante, tanto quanto a quantidade de preguiça que habita este corpo sedentário, e esta mente entendiada. Tão fácil reclamar assim, óbvio é confortável, sei disso, mas sei lá, cheguei a ficar entendiada escrevendo isso que vou até dorm..